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DEEB

O DEEB tem como objetivo fundamental o ensino de graduação e de pós-graduação, bem como a realização de pesquisas avançadas em áreas de ciência e engenharia, principalmente nas áreas de insumos, componentes, instrumentos do campo de informática e comunicações, semicondutores, fotônica, armazenamento de energia, modelagem computacional de dados, controle inteligente, engenharia biomédica e educação em engenharia.

O Departamento de Eletrônica e Engenharia Biomédica (DEEB) congrega quatro dos onze departamentos originais da então Faculdade de Engenharia Elétrica (FEE), atual Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC): Departamento de Semicondutores, Instrumentos e Fotônica (DSIF), Departamento de Eletrônica e Microeletrônica (DEMIC), Departamento de Máquinas, Componentes e Sistemas Inteligentes (DMCSI) e Departamento de Engenharia Biomédica (DEB). O DEEB tem como objetivo fundamental o ensino de graduação e de pós-graduação, bem como a realização de pesquisas avançadas em áreas de ciência e engenharia, principalmente nas áreas de insumos, componentes, instrumentos do campo de informática e comunicações, semicondutores, fotônica, armazenamento de energia, modelagem computacional de dados, controle inteligente, engenharia biomédica e educação em engenharia.

As atividades na área de dispositivos e circuitos eletrônicos na atual FEEC tiveram um grande impulso na década de 1970, com atividades pioneiras iniciadas a partir da implantação do Laboratório de Eletrônica e Dispositivos (LED). Desde cedo foram desenvolvidos os processos necessários à fabricação de dispositivos, tais como: crescimento epitaxial e CVD, processos induzidos por laser, difusão e oxidação, medidas e caracterização de dispositivos, implantação de íons, inspeção óptica e encapsulamento, fotolitografia, evaporação de filmes, geração de
máscaras, etc. Este laboratório inovador deu origem ao que é hoje o Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologias (CCSNano), centro multidisciplinar da UNICAMP, com ênfase em processos de nanofabricação em micro/nanoeletrônica e nanofotônica, com forte participação do departamento, promovendo a pesquisa e o ensino dos processos de microfabricação através do programa de pós-graduação da FEEC. Além das áreas de fabricação e projetos de circuitos integrados, o DEEB congrega pesquisadores que atuam na análise e projeto de circuitos e sensores eletrônicos, além de sistemas micro e nanoeletromecânicos (MEMS e NEMS).

As atividades em automação na Unicamp se iniciaram antes da fundação da FEEC, dentro do Departamento de Automação da Faculdade de Engenharia de Campinas (FEC). Com a criação da FEE em 1987, parte dos professores envolvidos com essa atividade formou o DMCSI. Pelo caráter multidisciplinar da área de automação, foram desenvolvidas no DMCSI pesquisas relacionadas ao controle de acionamento de máquinas elétricas, tema da primeira tese de doutorado desenvolvida na FEE, eletrônica de potência, eletroquímica, programação matemática, pesquisa operacional, modelagem computacional de dados, inteligência artificial, dinâmica e controle. Atualmente esses trabalhos vêm sendo conduzidos no Laboratório de Controle e Sistemas Inteligentes (LCSI), que é um dos laboratórios do DEEB, com pesquisas próprias e colaborações importantes às outras linhas de pesquisa desenvolvidas no departamento.

As atividades em Engenharia Biomédica foram iniciadas por volta de 1974, com a criação de uma disciplina de pós-graduação em Sistemas Biológicos, como parte das disciplinas oferecidas pelo Departamento de Automação da então FEC e, em colaboração com a Faculdade de Ciências Médicas (FCM), foi iniciado um projeto para investigar a possibilidade de se utilizar estimulação elétrica na supressão de dores crônicas.

Mais tarde, em 1976, em colaboração com o Departamento de Fisiologia do Instituto de Biologia, foi iniciado um estudo sobre os modelos matemáticos da atividade elétrica de células nervosas e cardíacas, ao lado de outras atividades de pesquisa junto ao Departamento de Cirurgia Cardíaca da FCM, buscando estudar parâmetros da atividade contrátil do coração e métodos para diagnóstico do equilíbrio ácido-básico de pacientes em estado grave.

A partir de 1982 a Engenharia Biomédica (EB) tomou um grande impulso com a criação do Centro de Engenharia Biomédica (CEB), visando congregar os esforços de docentes e alunos da FEC, da FCM, do Hospital de Clínicas e de outras Unidades Universitárias, todos interessados em desenvolver Ciência e Tecnologia além de atuar decisivamente na solução de problemas, alguns já claramente equacionados na área de Engenharia Biomédica. A abrangência seria a comunidade em geral: na Universidade e no País.

Em 1987, a criação da FEE, composta por onze departamentos, incluiu o DEB.
Este departamento, composto pelos docentes que já atuavam na área desde 1974 e outros que vieram integrar o quadro docente, atraídos pela já conhecida atuação da UNICAMP em Engenharia Biomédica, constituiu o substrato ideal para o surgimento, e contribuição para criação em nível nacional, de diversas sub-áreas: Bioengenharia, Engenharia Médica e Biológica, Engenharia Clínica e Engenharia de Reabilitação. Mais recentemente, foi criada a sub-área de Neuroengenharia.

Atualmente, o DEEB, em estreita colaboração com o CEB, atua na formação de estudantes em todos os níveis, incluindo iniciação científica, mestrado e doutorado; além de treinamento em nível pós-doutoral em linhas de pesquisa que estão na fronteira do conhecimento. Para isso conta-se, dentro da área de EB com vários laboratórios: LPCv – Laboratório de Pesquisa Cardiovascular, LUSIB – Laboratório de Ultrassom e instrumentação Biomédica, NER Lab – Laboratório de Pesquisa em Neuroengenharia, LNGTS – Laboratório Nacional para Gestão de Tecnologia em
Saúde, LabNECC – Laboratório Nacional para Estudo do Cálcio Celular. Além disso, foi incorporado recentemente ao CEB o INCT Biofabris, que engloba diversos pesquisadores atuando nas áreas de Biofabricação e Biomateriais. Desta forma, as atividades de EB no DEEB incluem pesquisa desde os níveis molecular e celular até a produção e uso de novos materiais, métodos, modelos matemáticos e instrumentação, visando diagnóstico, terapêutica, apoio à pesquisa e desenvolvimento e ensino.

Referências

 

BOTTURA, Celso Pascoli. Contribuição ao estudo de controle de torque em máquina série por modulação em largura de pulso. 1973. 1v. (várias paginações) Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Campinas, Campinas, SP.
Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1577031. Acesso em: 22 mar. 2023.

C. P. Bottura, “Memórias e reflexões de um professor brasileiro de controle de sistemas dinâmicos,” Trends in Computational and Applied Mathematics, vol. 14, no. 1, Art. no. 1, Apr. 2013, doi: 10.5540/tema.2013.014.01.0023.

M. H. de Magalhães Castro and J. Balán, “Caso 2: A Faculdade de Engenharia Elétrica da UNICAMP e os Três Departamentos da Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP,” Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior – Universidade de São Paulo.

https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2014/10/31/pioneiros-da-feec-celebram-milesima-tese-de-doutorado acessado em 22/03/2023.
Disponível a apresentação em: https://www.youtube.com/watch?v=Eyj1IgZrcKc

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